Gaia (7)

Depois de contar a Hikaru sobre o que me foi “esclarecido” conversamos sobre o assunto e decidimos ir mesmo atrás desses selos. Terminamos de descansar e levantamos para seguir em frente. O resto do dia foi longo e cansativo. Mesmo não encontrando nem um simples cabeçudo, devemos ter andado pelo menos umas três vezes o comprimento da Terra Média. Fala sério, foi chão bagarai.

Mesmo após escurecer ainda andamos um pouco, até que finalmente decidimos parar e encerrar o longo e cansativo dia. Fizemos uma pequena fogueira para esquentar um pouco e discutimos mais um pouco sobre as coisas que aconteceram. Doía olhar para trás e lembrar de Dani, bem como fazia eu me sentir inútil por não ter conseguido ajudar Umi e Fuu.

Não passou muito tempo e percebi que Hikaru já havia dormido, era possível ver em seu rosto antes disso que ela estava exausta. Após um tempo eu peguei no sono e também dormi.

Mais uns dias se passaram em que apenas encontrávamos cabeçudos, trolls e os agora também constantes hunters, mas as lutas com Haigan e o dragão foram tão duras e complicadas que provavelmente ganhamos vários leveis por permanecer vivos ao final da batalha agora esses monstros já pareciam ser tão fáceis quanto tomar um copo com água, por isso passaram a ser apenas fonte fácil e rápida de Exp. Points atraso de vida pra gente.

Eu havia descoberto que poderia ver o mapa daquele mundo e a nossa localização a qualquer hora que quisesse usando a espada, mas estranhamente apenas eu podia ver as marcas indicando os selos, Hikaru dizia que não conseguia ver mais nada.

Map of Gaia

Nesse meio tempo, inclusive, também percebi que eu havia “aprendido” a usar magia. Aparentemente usar a espada em batalha não era o único benefício de se quebrar os selos, eles também me proporcionavam o conhecimento para esta nova habilidade e utilizando essa magia recém descoberta nos cabeçudos foi possível desenvolve-la a ponto de conseguir utiliza-la não apenas para ataque quando para defesa, idéia que tive lembrando da barreira de vento de Fuu. Nesse ponto eu tive a ajuda de Hikaru para usar sua magia em mim até aperfeiçoar o escudo de água, que se manifestava como uma forte corrente de água que impedia o movimente de qualquer coisa na direção do que fosse protegido (foda, pqp :D). As magias tanto de ataque quanto de defesa eram de água, o que me parecia lógico, já que o dragão que derrotamos era de água.

Acho que haviam se passado mais dois dias (sim, ACHO, como falei anteriormente não conseguia ter uma noção de tempo muito boa por lá) quando aconteceu de após Hikaru ter dormido eu ouvi um barulho atrás de um arbusto e levantei rapidamente para ver o que era. Já ia acordar Hikaru quando vi uma garota em meio às árvores. Tinha quase certeza que havia reconhecido alguém, mas devido à escuridão não dava pra ter certeza. Usei o escudo de água em Hikaru e fui atrás da garota, que correu até chegar num campo aberto, onde parou e virou-se na minha direção.

Ali, com o brilho forte das quatro luas daquele mundo, tive certeza que aquela era mesmo quem eu pensei ter visto, Jubilation Lee, aka Jubileu dos X-Men. Cara, encontrar aquela doida ali me deu uma alegria enorme.

Perguntei porque ela correu daquele jeito e ela riu. Logo em seguida fui atingido pelas costas (epa, lá ele ) por algo que só percebi o que era ao me virar com uma certa dificuldade e ver ao longe Ciclope, já se preparando para usar outra de suas rajadas ópticas, mas eu consegui sair voando de onde estava antes de ser atingido novamente (e sim, a ameba aqui mesmo saindo sozinho noite adentro atrás de alguém que ele não tinha certeza de quem era mesmo usando o escudo de água em Hikaru sequer pensou em usar a mesma magia em si próprio). Tentei racionalizar e entender o que estava acontecendo conversando com eles, mas a única resposta que eu tive foi Vampira descendo do nada e dando uma bela (bela só se for na pqp ’) pesada na cara deste infeliz branquelo (sim, Bah, você não é a única que tem esse título, HUAHAHAHAHAHA) que ainda tentou usar o campo telecinético, pero, tarde demais, o que resultou com minha cara na chon uma vez mais.

Dessa vez eu tomei vergonha na cara e usei o escudo de água em mim, já que a temporada de caça a minha pessoa tinha sido aberta sem que eu soubesse disso. Um a um os X-Men foram aparecendo, ou pelo menos os da equipe azul (Ciclope, Wolverine, Fera, Gambit, Vampira, Psylocke e Jubileu, sinceramente na tenho a mínima idéia da formação dos X-Men hoje em dia, a última vez que li ainda tava assim x.x ). O próximo a tentar me espancar foi Gambit, lançando uma pedra com energia suficiente para matar alguém, mas o escudo de água reduziu o dano e “apenas” me tacou longe e na chon DE NOVO. Eu já tava ficando maluco com aquilo, porque os meus amigos estava me atacando? O que diabos tinha acontecido? Wolverine caiu dentro e instintivamente eu coloquei a espada na frente. Também rapidamente, eu achei que aquilo não era uma boa idéia, já que o Adamantium de suas garras cortam basicamente TUDO que tenha a infelicidade de ficar em seu caminho, mas a espada agüentou perfeitamente, provavelmente por ter propriedades mágicas.

xmenblue

Enquanto segurava os ataques de Wolverine eu tentava falar com eles para que me dissessem o que estava acontecendo, mas ninguém dizia uma palavra e num rápido movimento pelas costas (DE NOVO?) Psylocke fez a única coisa que conseguia realmente me atingir ali, adaga psíquica na cabeça. Cara...minha felicidade é que eu tinha resistência psíquica e ainda conseguia agüentar um pouco, mas que aquilo doía bagarai doía.

Naquele meio tempo todo mundo tentava promover um massacre contra minha pessoa, mas felizmente o escudo de água estava conseguindo segurar o dano, mas o ataque de Betsy (para os íntimos, o que é encurtamento de Elisabeth, nome real de Psylocke, pra quem não conhece) estava fazendo um dano maledeto e quando percebi estava no plano astral (eu não tenho nenhum tipo de poder psíquico para ir pro plano astral, por isso, aquilo foi meio assustador o.O) onde vi Betsy presa por alguma coisa que se parecia uma esfera de luz. Aquilo era meio bizarro, Betsy tem poderes psíquicos bem fortes e para ser presa no plano astral daquele jeito tinha que ser por alguém muito mais forte que ela. Sendo o plano astral, nada de natureza física adiantaria, como bem diria o velho Professor Xavier, isso me deixou meio perdido inicialmente já que eu ainda não havia me acostumado a estar sempre usando magia, mas quando lembrei dessa minha nova habilidade usei-a imediatamente contra aquela coisa iluminada libertando Betsy. Apesar de no plano astral aquilo aparentar ter demorado alguns instantes, no plano físico foi quase instantâneo, e assim que Betsy foi libertada me soltou e usou sua adaga psíquica em quem estava mais próximo no momento, Wolverine, também libertando o cajun do controle mental que ele estava submetido. Percebendo isso, Ciclope e Gambit lançaram seus ataques contra meus agora livres amigos, mas eu os impedi usando o escudo de água para protege-los, arrancando um “whatahell!?” de Wolverine que não estava entendendo patavina do que estava acontecendo e querendo saber de onde eu tirei aquela habilidade. Claro que o momento não era o melhor para se tomar um chá e colocar os papo em dia, então deixamos a conversa de lado (até porque ia ser meio demorado explanar tudo).

Com a telepatia de Betsy era fácil de armamos um plano, então decidimos dar um jeito de conter nossos colegas para Betsy retirar o controle mental que os controlava. Mais fácil falar que fazer, principalmente com o Gambit e Fera que tem uma agilidade miserável para alguém querendo segura-los. Após algumas tentativas frustradas e tentar pegá-los na marra, tive uma resposta de minha magia, que parecia me informar que continuava evoluindo e “vendo” os ataques do dragão empurrando a mim e a Hikaru para longe mesmo usando meu campo telecinético para tentar resistir eu já sabia como agir.

Dando um passo a frente, conjurei a magia de água que o dragão demorou alguns instantes quase que instantaneamente e como toque pessoal utilizei um misto desse ataque com o escudo de água para prender meus amigos e conter qualquer tipo de movimento que eles pudessem tentar fazer (pensem num cidadão com a maior cara de besta vendo o que podia fazer =O).

Wolverine não se agüentou mais e quis saber como eu aprendi a fazer aquilo. Eu disse a Betsy que ela podia usar a adaga psíquica para libertar os outros sem se preocupar agora, então virei para o cajun e comecei a explicar as coisas que tinham acontecido, mas do nada, uma presença extremamente forte surgiu no céu sobre nós. Aquilo me deu calafrios. Aquela mesma “rede” na qual eu havia me chocado antes e me deu aquele puta de um choque estava brilhando e acumulando energia vinda de todas as direções bem acima de nós. Eu mal podia me mover de tão poderosa que era aquela sensação. Todos os X-Men ali começaram a se debater sentindo dor. Betsy mentalmente me disse para fugir dali. Eu comecei a argumentar, mas ela “gritando” disse que eu precisava sair dali rápido ou todos iam morrer e que aquela energia sobre nós estava ligada a alguma coisa que tinham colocado neles antes de serem enviados atrás de mim. Se eu tentasse levar qualquer um deles a energia se dividiria proporcionalmente por quantos dos X-Men eu levasse comigo.

Não importava o que ela me dissesse, eu não queria sair dali e abandonar meus amigos daquele jeito. Quase que instantaneamente a isso, Hikaru chegou onde estávamos e perguntou o que estava acontecendo. Betsy disse para ela me arrastar dali rápido, mas ainda assim eu não queria ir, mas numa jogada suja, Betsy me chantageou, dizendo que se eu não levasse Hikaru para bem longe dali o mais rápido possível ela ia morrer por minha culpa. Eu lembrei de Umi e Fuu por quem eu não pude fazer nada. Com raiva, carreguei Hikaru e saí voando dali por cima das árvores, e um pouco mais baixo que o nível da rede que brilhava cada vez mais, o mais rápido que conseguia voar. Instantes depois a energia acumulada caiu sobre o local em que estava a pouco com meus amigos gerando uma enorme explosão que ecoou pela floresta. Eu parei e olhei com pesar para trás.

Assim que a explosão se dissipou, eu voltei ao local e apenas para aumentar minha tristeza, ainda pude ver meus amigos desaparecendo exatamente igual a Dani.

Caindo de joelhos sem conseguir acreditar nos meus olhos, pude sentir o abraço de Hikaru.

--Continua--

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