Gaia (9)

Continuando nossa caminhada em direção ao próximo selo, Hikaru parecia estar se cansando mais rapidamente. Perguntando se ela estava se sentindo bem ela respondeu que  que sim, mas que já fazia algum tempo que o calor vinha aumentando. De minha parte não podia confirmar ou negar este fato, já que eu não sentia calor (realiza, verão, sol na moleira, CALOR, muito, MUITO calor pra te deixar suando feito um porco, MAS você não fica assim porque você pura e simplesmente NÃO sente calor, é ou não é o paraíso?).

Continuamos pelo restante do dia até que anoiteceu e preferimos parar. Eu  fiquei precupado com Hikaru. Pela expressão em seu rosto ela não se sentia nada bem e dizia que o calor estava aumentando demais. Eu estranhei, por mais quente que o dia estivesse não deveria deixa-la assim, então tentei usar minha magia de água para que ela lavasse o rosto (é, eu estava com 1001 utilidades ^^) e enquanto isso olhei novamente o mapa, vendo que estávamos bem próximos do novo selo. Na verdade, deveríamos chegar a ele a qualquer momento. Mesmo assim, por já estar escuro e por Hikaru não estar bem eu achei que seria melhor descansarmos. Como medida de segurança achei que usar o escudo de água seria uma boa idéia, assim nenhum monstro nos pegaria de surpresa, mas assim que eu usei a magia em Hikaru ela mudou sua expressão ficando mais aliviada e falou que a sensação de calor havia sumido.

Eu estranhei um pouco aquilo, porque o escudo faria a sensação de calor passar? De qualquer jeito, era um alívio que Hikaru estivesse bem de novo e sem sentir aquele terrível incomodo como se estivesse derretando acabou dormindo bem rápido. Eu ainda fiquei acordado por um bom tempo pensando na vida (como sempre faço até hoje aliás ¬¬), até que finalmente os braços da deusa do sono me envolveu e eu caí em sua graça dormindo como um anjo. :P

Dessa vez eu sonhei com os selos. Via flashes com suas presenças e pude sentir que algo me dragava a si.

Acordei com o sol no rosto. Parecia um belo dia. Hikaru já estava acordada e comia algumas frutas. Terminando, levantamos e seguimos em direção ao selo. Achando que o escudo não seria necessario por enquanto desfiz a proteção sobre a gente e instantaneamente Hikaru cambaleou segurando-se em uma árvore. Dizia estar ainda mais quente que antes e eu senti uma reação da espada. Na hora eu pude sentir o selo que estava bem perto, assim como o guardião. Havia uma familiaridade ali, algo em comum que eu tinha com o selo. Então finalmente entendi a situação e usei o escudo de água novamente em Hikaru, fazendo com que o mau estar passasse imediatamente.

Esse guardião representava o elemento fogo, que tanto pode destruir quando acalentar e purificar. Pela minha cara Hikaru percebeu que eu descobri que algo estava acontecendo e me perguntou o que era. Respondi de imediato explicando para ela que aquilo era influência do guardião do selo.

Fomos nos aproximando do local e pude ver um tipo caverna numa grande fenda no chão. Tive certeza que o lugar era ali. Tinha começado a estender a mão para Hikaru para descermos juntos quando senti novamente aquela sensação de ser chamado por alguma coisa. Parecia estar querendo compartilhar algo.

Decidi ir sozinho, para protestos furiosos de Hikaru. Tentei explicar a ela, mas não sabia como o fazer, então eu tive que PEDIR que ela deixasse eu cuidar dessa sozinho. =/ Não que ela fosse ficar lá de cima entediada, na mesma hora que eu fui começar a descer a fenda hunters começaram a pular de tudo quanto foi lado. Hikaru disse que eu podia ir que ela cuidaria deles. Adimito que fui meio que a contra gosto. Sei lá, fome de Exp. Points preocupação , né? Por isso entendia que ela quisesse vir comigo. Mas o problema era que o guardião estava chamando a MIM ou eu a levaria comigo. Elemental Afinity, sei lá.

Lá dentro, pude sentir a presença do guardião cada vez mais forte indo pelo lado esquerdo. Seguindo por aquele caminho, ilumindando a caverna usando meu próprio fogo, não tardou para começar a ver o mesmo tipo de incrições da caverna da cachoeira. Mais a frente, assim como antes, havia um altar, mas desta vez havia uma pequena ânfora sobre ele de onde podia-se sentir um grande poder mágico. Ind em sua direção um brilho vermelho foi ficando mais forte a medida que eu me aproximava e assim que a toquei o brilho se incendiou, fazendo inclusive com que eu sentisse seu calor (o que era realmente muito estranho para mim). Não me queimava, mas dava para sentir que era bem quente. Pegando a ânfora com as duas mãos seu interior se agitou e eu pude sentir o guardião se comunicando comigo.

Nesse instante a ânfora se inflamou e sua chama me envolveu. Cara, pense naquela expressão "com o peso do mundo nas costas". Foi bem assim que eu comecei a me sentir. Parecia que a chama estava me esmagando. Meio que instintivamente, eu tambem me inflamei com meu próprio poder como que para conter a pressão da ânfora. Parecia um cabo de guerra invertido, em que eu empurrava e não puxava a corda.

As inscrições começaram a se acender como que em chamas num brilho vermelho semelhante ao da ânfora, no sentido de dentro da caverna para seu exterior. Aquilo parecia me guiar naquela direção e obedientemente eu fiz o que me era "indicado". Quando pude ver o salão logo abaixo da fenda por onde havia entrado na caverna vi que agora existia um grande círculo incandescente repleto com letras isimilares às das inscrições das paredes da caverna. O meio do círculo era o único ponto em que não estava assim e resolvi que deveria ficar ali.

Lá de cima, Hikaru observava preocupada sem entender o que se passava, obviamente já havia ganho toda a Exp. dado cabo dos monstros. Assim que me posicionei no meio do círculo, o interior da ânfora se agitou novamente e a pressão a minha volta aumentou. Precisei me esforçar para me manter em pé enquanto a chama da ânfora ficava cada vez mais forte até que finalmente a ânfora se incineou e um tipo de bola de fogo se espalhou pela sala com uma pressão enorme. O calor era absurdo, especialmente por eu que era invulnerável ao fogo o estar sentindo. Claro que numa situação dessas nós tentamos nos proteger com os braços na frente do rosto. Foi o que eu fiz, mesmo não sendo queimado.

Quando a bola de fogo se dissipou do salão eu estava, finalmente, na presença do guardião do selo do fogo. Hikaru se preparou para atacar, mas eu me virei e pedi para que ela parasse. Ela fez uma cara confusa e perguntou porque não deveria. De frente para ela e de costas para o dragão eu respondi com outra pergunta: "Ele não está atacando está?" Hikaru então baixou sua espada e concordou. Eu agradeci e pedi que deixasse eu resolver aquilo, virando-me novamente para o dragão.

Este fitou meus olhos por um momento e uma aura incandescente o envolveu, tornaram-se chamas em seguida. A mesma pressão de antes me envolveu novamente e eu precisei mais uma vez recorrer as minhas próprias chamas para "competir" com o guardião. O dragão como se mudando de forma física tornou-se completamente de chamas e me envolveu como uma serpertente envolve suas vítimas para constricta-las (nem sei se essa palavra pode ser usada assim, mas whatever ^^) até a morte. A diferença que ele não estava me constrictando, apenas estava em volta de mim exercendo a pressão de suas chamas que parecia tentar me esmagar. Com minhas próprias chamas eu "afastava" aquela sensação o máximo que podia.

Até que num momento, respirando fundo, consgui manter um padrão elevado e constante de inflamação que reteu a pressão do fogo do guardião. Seus olhos brilharam e ele me envolveu completamente. Brilhando, suas chamas foram me cercando até que desapareceram, deixando apenas uma armadura como aceitação de um novo mestre para para o guardião do fogo.

O círculo desapareceu e as incrições das paredes da caverna se apagaram, assim como a presença do dragão que agora era sentida apenas na armadura. Sem mais o que fazer, voei até a superfície onde Hikaru me aguardava.

De volta a floresta, Hikaru perguntou o que houve> Expliquei então, que o guardião havia me guiado até ali para me testar e como eu consegui entrar em ressonância com ele fui aceito. No insntante seguinte, senti uma forte presença que se espalhou vinda de longe. Hikaru não pareceu perceber nada, mas a presença era realmente forte.

Amesma voz que falava comigo enquanto dormia falou novamente, e dessa vez eu não estava dormindo. Disse que tendo libertado este segundo selo a proteção que continha sua consciência foi desfeita, me agradecendo por isso.

Em seguida a voz se calou novamente, me deixando com ainda mais dúvidas sobre o que estava acontecendo.

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