Gaia 15
Gaia 14
Gaia 13
Gaia 12
Gaia 11
Gaia (10)
<ta foda de digitar isso aqui, eu tenho tudo que acontece até o final da história na cabeça, mas a bagaça não quer sair de jeito nenhum x.x>
Os dias foram se passando. Hordas e hordas de monstros apareciam de todos os cantos. A armadura do guardião do fogo aumentava exponencialmente meu poder de fogo, deixando-o mais forte, bem como fez com que eu aprendesse a usar magia no elemento fogo, dentre elas um tipo de proteção sobre a pele que queimava ao contato. Extremamente útil contra os cabeçudos caso eles tentassem nos agarrar e desaparecer, fosse onde quer que fossem quando faziam isso.
A armadura também tinha um tipo de jóia que "guardava" a espada enquanto eu não a estivesse usando. Cara, isso era muito conveniente. Não ia precisar ficar carregando ela pra cima e pra baixo, por mais que ela fosse foda era meio chato ter que ficar me preocupando em estar carregando a retalhadora.
Eu havia começado a imaginar qual seria o elemento do próximo guardião e que tipo de problemas teríamos contra ele, mas após algum tempo deixei esses pensamentos de lado e passei a prestar mais atenção em Hikaru. Já haviam alguns dias que ela estava meio depressiva. Não quis perguntar diretamente, pois era meio claro que o que ela sentia era falta de suas amigas. Seu rendimento havia caído inclusive durante as lutas onde ela ficava distraída. Se não fosse por essa nova magia que queimava nossos agressores talvez algum cabeçudo tivesse conseguido leva-la. Numa das noites em que acordei, notei que minha companheira não estava conseguindo segurar a saudade e chorava profundamente em silêncio. Fui até ela e passei um bom tempo conversando com ela deitada no meu colo até que finalmente consegui fazer ela dormir. Ainda passei algum tempo antes de conseguir dormir.
Enquanto dormia, vi as marcas dos guardiões no mapa e senti aquela forte presença mágica vinda de algum lugar novamente, as desta vez eu consegui visualizar no mapa de onde ela se originava, embora não houvesse nenhuma marca no mapa. Ergui a mão em direção àquele ponto do mapa e assim que o fiz ouvi a mesma voz das outras vezes dizendo que aquele era o local onde ela estava aprisionada. Seu nome era Ariana e ela passou algum tempo descrevendo os fatos acontecidos naquele mundo.
Séculos atrás, Haigan (!!) havia encontrado aquele mundo enquanto vagava pelo universo em busca de energia mágica para se alimentar. Decidido a absorver tudo que pudesse da energia mágica que cobria o planeta inteiro, invadiu o Templo de Cristal, centro de toda magia de lá. Para impedir que Haigan absorvesse essa energia e causasse o colapso do planeta, os Archmages reuníram-se e entraram em acordo sobre o que deveria ser feito, como não tinham poder suficiente para derrota-lo mesmo todos juntos, resolveram concentrar toda a energia mágica existente em um único ponto e dividir o resultado em algumas partes ocultando a sua presença para que não pudessem ser sentidas por seu nêmesis. Para tanto, seria necessário sacrificar suas próprias capacidades mágicas para criar uma barreira que impedisse que essa energia fosse sentida. Com isso, os poucos remanescentes dessa raça que habitava esse planeta e viviam no Templo abriram mão de suas vidas em favor de seu planeta, apenas uma pessoa dessa raça ficou de fora desse sacrifício, ela teve uma visão de que um dia, surgiria alguém que conseguiria por um fim a insaciável fome de Haigan. Essa pessoa era Ariana, que para dar tempo aos ArchMages de completar o selamento, ficou no caminho de Haigan. Este, devido ao tamanho da magia de Ariana, não podia destruí-la, por isso a prendeu numa parte afastada do mundo mantendo-a neste estado desde então e usando de sua magia para alimentar sua fome.
Tendo aprisionado Ariana, Haigan seguiu até os Archmages, que com a entrada abrupta e repentina de seu inimigo, tiveram tempo apenas para enviar a energia mágica concentrada por um vortex dimensional para espalha-la pelo mundo. Nesse ponto seu plano foi um sucesso, mas como Haigan chegou mais rápido do que previam, não tiveram tempo de fechar o vortex, o que permitiu que Haigan invadisse outros mundos para dominar e absorver mais e mais energia mágica. Como haviam usado toda sua magia para criar o vortex e espalhar o massivo montante de energia que criaram, foram mortos rapidamente. Percebendo que Ariana mesmo presa parecia acumular energia mágica o suficiente para conseguir sair da prisão, Haigan selou sua mente para cortar o contato com o corpo. Ariana antes que o selamento fosse concluído, concentrou toda a energia que pode para que sua mente permanecesse consciente o maior tempo possível.
Com isso o tempo passou, dias, meses, anos e séculos, Haigan invadiu incontáveis mundos, destruiu civilizações, até que percebeu que o vortex não apenas podia leva-lo a outros mundos, como também a realidades diferentes, dando a ele uma fonte infinita de alimento e aumentando cada vez mais forte. Com essa abundância de energia, criou Haigani para ajuda-lo em sua busca para saciar seu desejo por cada vez mais energia.
Após contar essa história, Ariana sugeriu que eu visitasse uma torre que ficava no noroeste do mapa onde eu via as marcas dos guardiões. Lá eu encontraria um objeto que seria útil que ajudaria a desfazer o feitiço que a prendia. Vendo pelo mapa, o lugar ficava mais ao norte de onde o quarto guardião se localizava. O único problema seria ter que atravessar um pântano para chegar ao local sem contar os tipos de monstros que poderiam haver pelo caminho.
Acordando na manhã seguinte, já tinha em mente o que deveria fazer por um bom tempo. E ainda precisava contar a Hikaru o que Ariana havia me contado.
Gaia (9)
Continuando nossa caminhada em direção ao próximo selo, Hikaru parecia estar se cansando mais rapidamente. Perguntando se ela estava se sentindo bem ela respondeu que que sim, mas que já fazia algum tempo que o calor vinha aumentando. De minha parte não podia confirmar ou negar este fato, já que eu não sentia calor (realiza, verão, sol na moleira, CALOR, muito, MUITO calor pra te deixar suando feito um porco, MAS você não fica assim porque você pura e simplesmente NÃO sente calor, é ou não é o paraíso?).
Continuamos pelo restante do dia até que anoiteceu e preferimos parar. Eu fiquei precupado com Hikaru. Pela expressão em seu rosto ela não se sentia nada bem e dizia que o calor estava aumentando demais. Eu estranhei, por mais quente que o dia estivesse não deveria deixa-la assim, então tentei usar minha magia de água para que ela lavasse o rosto (é, eu estava com 1001 utilidades ^^) e enquanto isso olhei novamente o mapa, vendo que estávamos bem próximos do novo selo. Na verdade, deveríamos chegar a ele a qualquer momento. Mesmo assim, por já estar escuro e por Hikaru não estar bem eu achei que seria melhor descansarmos. Como medida de segurança achei que usar o escudo de água seria uma boa idéia, assim nenhum monstro nos pegaria de surpresa, mas assim que eu usei a magia em Hikaru ela mudou sua expressão ficando mais aliviada e falou que a sensação de calor havia sumido.
Eu estranhei um pouco aquilo, porque o escudo faria a sensação de calor passar? De qualquer jeito, era um alívio que Hikaru estivesse bem de novo e sem sentir aquele terrível incomodo como se estivesse derretando acabou dormindo bem rápido. Eu ainda fiquei acordado por um bom tempo pensando na vida (como sempre faço até hoje aliás ¬¬), até que finalmente os braços da deusa do sono me envolveu e eu caí em sua graça dormindo como um anjo. :P
Dessa vez eu sonhei com os selos. Via flashes com suas presenças e pude sentir que algo me dragava a si.
Acordei com o sol no rosto. Parecia um belo dia. Hikaru já estava acordada e comia algumas frutas. Terminando, levantamos e seguimos em direção ao selo. Achando que o escudo não seria necessario por enquanto desfiz a proteção sobre a gente e instantaneamente Hikaru cambaleou segurando-se em uma árvore. Dizia estar ainda mais quente que antes e eu senti uma reação da espada. Na hora eu pude sentir o selo que estava bem perto, assim como o guardião. Havia uma familiaridade ali, algo em comum que eu tinha com o selo. Então finalmente entendi a situação e usei o escudo de água novamente em Hikaru, fazendo com que o mau estar passasse imediatamente.
Esse guardião representava o elemento fogo, que tanto pode destruir quando acalentar e purificar. Pela minha cara Hikaru percebeu que eu descobri que algo estava acontecendo e me perguntou o que era. Respondi de imediato explicando para ela que aquilo era influência do guardião do selo.
Fomos nos aproximando do local e pude ver um tipo caverna numa grande fenda no chão. Tive certeza que o lugar era ali. Tinha começado a estender a mão para Hikaru para descermos juntos quando senti novamente aquela sensação de ser chamado por alguma coisa. Parecia estar querendo compartilhar algo.
Decidi ir sozinho, para protestos furiosos de Hikaru. Tentei explicar a ela, mas não sabia como o fazer, então eu tive que PEDIR que ela deixasse eu cuidar dessa sozinho. =/ Não que ela fosse ficar lá de cima entediada, na mesma hora que eu fui começar a descer a fenda hunters começaram a pular de tudo quanto foi lado. Hikaru disse que eu podia ir que ela cuidaria deles. Adimito que fui meio que a contra gosto. Sei lá, fome de Exp. Points preocupação , né? Por isso entendia que ela quisesse vir comigo. Mas o problema era que o guardião estava chamando a MIM ou eu a levaria comigo. Elemental Afinity, sei lá.
Lá dentro, pude sentir a presença do guardião cada vez mais forte indo pelo lado esquerdo. Seguindo por aquele caminho, ilumindando a caverna usando meu próprio fogo, não tardou para começar a ver o mesmo tipo de incrições da caverna da cachoeira. Mais a frente, assim como antes, havia um altar, mas desta vez havia uma pequena ânfora sobre ele de onde podia-se sentir um grande poder mágico. Ind em sua direção um brilho vermelho foi ficando mais forte a medida que eu me aproximava e assim que a toquei o brilho se incendiou, fazendo inclusive com que eu sentisse seu calor (o que era realmente muito estranho para mim). Não me queimava, mas dava para sentir que era bem quente. Pegando a ânfora com as duas mãos seu interior se agitou e eu pude sentir o guardião se comunicando comigo.
Nesse instante a ânfora se inflamou e sua chama me envolveu. Cara, pense naquela expressão "com o peso do mundo nas costas". Foi bem assim que eu comecei a me sentir. Parecia que a chama estava me esmagando. Meio que instintivamente, eu tambem me inflamei com meu próprio poder como que para conter a pressão da ânfora. Parecia um cabo de guerra invertido, em que eu empurrava e não puxava a corda.
As inscrições começaram a se acender como que em chamas num brilho vermelho semelhante ao da ânfora, no sentido de dentro da caverna para seu exterior. Aquilo parecia me guiar naquela direção e obedientemente eu fiz o que me era "indicado". Quando pude ver o salão logo abaixo da fenda por onde havia entrado na caverna vi que agora existia um grande círculo incandescente repleto com letras isimilares às das inscrições das paredes da caverna. O meio do círculo era o único ponto em que não estava assim e resolvi que deveria ficar ali.
Lá de cima, Hikaru observava preocupada sem entender o que se passava, obviamente já havia ganho toda a Exp. dado cabo dos monstros. Assim que me posicionei no meio do círculo, o interior da ânfora se agitou novamente e a pressão a minha volta aumentou. Precisei me esforçar para me manter em pé enquanto a chama da ânfora ficava cada vez mais forte até que finalmente a ânfora se incineou e um tipo de bola de fogo se espalhou pela sala com uma pressão enorme. O calor era absurdo, especialmente por eu que era invulnerável ao fogo o estar sentindo. Claro que numa situação dessas nós tentamos nos proteger com os braços na frente do rosto. Foi o que eu fiz, mesmo não sendo queimado.
Quando a bola de fogo se dissipou do salão eu estava, finalmente, na presença do guardião do selo do fogo. Hikaru se preparou para atacar, mas eu me virei e pedi para que ela parasse. Ela fez uma cara confusa e perguntou porque não deveria. De frente para ela e de costas para o dragão eu respondi com outra pergunta: "Ele não está atacando está?" Hikaru então baixou sua espada e concordou. Eu agradeci e pedi que deixasse eu resolver aquilo, virando-me novamente para o dragão.
Este fitou meus olhos por um momento e uma aura incandescente o envolveu, tornaram-se chamas em seguida. A mesma pressão de antes me envolveu novamente e eu precisei mais uma vez recorrer as minhas próprias chamas para "competir" com o guardião. O dragão como se mudando de forma física tornou-se completamente de chamas e me envolveu como uma serpertente envolve suas vítimas para constricta-las (nem sei se essa palavra pode ser usada assim, mas whatever ^^) até a morte. A diferença que ele não estava me constrictando, apenas estava em volta de mim exercendo a pressão de suas chamas que parecia tentar me esmagar. Com minhas próprias chamas eu "afastava" aquela sensação o máximo que podia.
Até que num momento, respirando fundo, consgui manter um padrão elevado e constante de inflamação que reteu a pressão do fogo do guardião. Seus olhos brilharam e ele me envolveu completamente. Brilhando, suas chamas foram me cercando até que desapareceram, deixando apenas uma armadura como aceitação de um novo mestre para para o guardião do fogo.
O círculo desapareceu e as incrições das paredes da caverna se apagaram, assim como a presença do dragão que agora era sentida apenas na armadura. Sem mais o que fazer, voei até a superfície onde Hikaru me aguardava.
De volta a floresta, Hikaru perguntou o que houve> Expliquei então, que o guardião havia me guiado até ali para me testar e como eu consegui entrar em ressonância com ele fui aceito. No insntante seguinte, senti uma forte presença que se espalhou vinda de longe. Hikaru não pareceu perceber nada, mas a presença era realmente forte.
Amesma voz que falava comigo enquanto dormia falou novamente, e dessa vez eu não estava dormindo. Disse que tendo libertado este segundo selo a proteção que continha sua consciência foi desfeita, me agradecendo por isso.
Em seguida a voz se calou novamente, me deixando com ainda mais dúvidas sobre o que estava acontecendo.
Gaia (8)
Frustração. Essa era a palavra que melhor me descrevia naquele momento. Umi e Fuu desaparecidas, Dani e agora parte dos X-Men mortos. Uma pesada e dolorosa sombra negra havia caído sobre mim. Eu havia seguido em frente mesmo após o ocorrido com Dani no intúito de fazer Haigan pagar pelo que fez, tentando não pensar naquilo, mas com estas novas mortes tudo explodiu e começou a me atormentar.
Meu estado psicológico caiu para o desespero. Eram amigos muito queridos que eu havia perdido e tudo de repente pareceu não ter mais sentido.
Hikaru tentou me "acordar" daquele estado sem sucesso. Dizia que devíamos sair dali não apenas porque poderia ser perigoso como também pelo lugar não estar me fazendo bem, mas eu não respondia. Pediu de todo jeito e nada de resposta de minha parte.
Sem saber mais o que fazer, me pegou pela mão e me puxou pra cima, me "arrastando" em seguida. Eu estava andando como morto vivo, mais mecanicamente do que com a intenção de assim o fazer. Ela me levou pra bem longe de lá e finalmente decidiu parar, sentando-se junto de uma árvore para se recostar e descansar. Viu que eu havia ficado ali em pé parado e gritou chateada comigo, mas vendo que não havia reação de minha parte levantou novamente e foi me buscar. Sentou-se novamente no mesmo lugar e me puxou pra baixo para que me sentasse ao seu lado.
Pobre Hikaru, deixou de lado seu próprio sofrimento para tentar me animar e eu ali igual a um zumbi, apenas ouvindo o que ela dizia sem realmente escutar o que era aquilo. Uma hora as lágrimas simplesmente começaram a cair, mesmo eu estando em estado de choque e sem conseguir sentir o que realmente acontecia. Como da vez da cachoeira, Hikaru me deitou em seu colo, onde acabei dormindo muito tempo depois.
Passou-se um dia em que Hikaru continuava a me arrastar pela floresta na direção em que íamos antes daquele incidente com os X-Men. Eu continuava na mesma, inclusive quando apareciam monstros e estes me atacavam. Não tinha como Hikaru fazer tudo ao mesmo tempo e sabe-se lá como nenhum dos dois acabou sendo pego pelos cabeçudos ou morto por trolls ou hunters. E após outra dessas incontáveis batalhas, parou para descansar.
Era ela quem estava começando a ficar deprimida, embora não a ponto de ficar como eu estava. Ela ainda continuava tentando "conversar" comigo para me animar, mas eu não demonstrava sinal de melhoras. Nessas horas ela virava o rosto tentando esconder suas lágrimas.
Em um dado momento, resolveu buscar alguma frutas para comer e tentar me fazer comer, eu ainda estava ferido pelos ataques dos X-Men, mesmo não sendo nada grave, além de não ter comido nada desde antes da luta. Ela disse que não demoraria e que eu podia esperar por ela ali.
Quase instantaneamente após ela sair, a mesma voz da cachoeira novamente veio à minha mente e começou a dizer algo que da mesma forma que acontecia com Hikaru, eu ouvia, mas não escutava. <now playing: Final.Fantasy.VII - The.One.Winged.Angel.mp3> Em seguida, uma figura negra apareceu como que do vento e veio andando em minha direção, parando bem na minha frente. Usava uma armadura azul escura e uma máscara encobrindo boa parte do rosto. Obviamente que eu não dei atenção a ele, não importando quem fosse ou o que dissesse.
Enquanto falava o que quer que fosse senti um gélido ar frio que não sabia de onde vinha e de repente uma longa espada de gelo estava em sua mão direita. Este frio começou a se espalhar e me envolver fazendo com que eu sentisse como se estivesse congelando. Hikaru apareceu e ao ver o picolé com aquela espada na mão soltou as frutas e puxou sua espada perguntando quem ele era. O cara riu, levantou sua espada e atacou Hikaru. Ambos começaram a lutar, mas não havia uma definição sobre um possível resultado.
Magias começaram a ser usadas por ambos os lados, sendo que o novo adversário usava magias baseadas em gelo, enquanto Hikaru usava suas magias de fogo mais como defesa do que propriamente como ataque. Após alguns minutos de luta, Hikaru ficou próxima a mim e o picolé ambulante de frente para nós a alguma distância. Novamente usou sua magia contra Hikaru que se defendeu usando sua própria. Nosso atacante riu e começou a conjurar sua magia novamente enquanto Hikaru preparava sua própria. Ambos lançaram suas magias ao mesmo tempo. Entretando, Hikaru foi pega de surpresa pois o alvo dessa vez não foi ela e sim eu.
Hikaru pulou para o lado me arrastando junto com ela e embora a magia não tenha me acertado atingiu parcialmente minha companheira, derramando seu sangua sobre mim. Ela tentou levantar novamente, mas caiu de joelhos e equilibrou-se em sua espada tendo dificuldades para respirar.
Com o sangue de Hikaru no rosto, em minhas mãos e vendo-a ferida em minha frente, pude sentir meu coração batendo rápido. Nesse momento, as palavras que eram ditas pelo nosso agressor chegaram a meus ouvidos. Disse que os planos de seu pai para usar meus amigos contra mim mesmo parecendo ter falhado funcionou melhor que o esperado, sendo que agora só era preciso me matar para se livrar de qualquer resistência.
As palavras "usar meus amigos contra mim" deram um efeito extremamente emputificante (o.O) em mim. Se eu havia entendido direito, aquele cara seria filho de Haigan, que teria usado os X-Men sabe-se lá como contra mim. Além disso, agora que minha ficha tinha caído eu tinha me tocado que ele não só estava atacando Hikaru como havia ferido ela de maneira meio grave.
A culpa por ter entristecido Hikaru começou a me doer e fechei as mãos de raiva. Eu olhei na direção de nosso agressor, mas antes de qualquer reação minha Hikaru com muito esforço se levantou dizendo que protegeria qualquer amigo dela não importava como e derrotaria qualquer um que tentasse feri-los mesmo que custasse sua vida. Isso fez com que eu abaixasse minha cabeça de vergonha e chorasse em silêncio.
O homem riu alto e fez pouco caso de Hikaru, preparando uma nova magia. Hikaru tentou se posicionar para lançar a sua mas caiu de joelhos novamente e quando o ataque foi lançado contra ela eu me posicionei em sua frente usando o escudo de água para nos proteger.
Tanto Hikaru quanto o picolé me olhavam enquanto ainda com a cabeça baixa eu me desculpei com Hikaru. Ela sorriu e ao dizer que ela podia deixar aque eu a protegesse fez que sim com a cabeça. Eu me abaixei e carreguei Hikaru até uma árvore onde a deixei recostada. Vendo seu ferimento e o quanto aquilo a causava dor senti que minha magia novamente se alterava para se adaptar as minhas necessidades. Com isso, à um simples movimento um novo tipo de magia nos envolveu curando todos os nosss ferimentos. Disse para Hikaru descansar e me virei para nosso inimigo.
O da armadura azul não pareceu gostar do que viu e começou a reclamar de algo. Eu disse que não importava mais quem eles fossem, por terem ferido meus amigos iriam pagar, fazendo o meliante rir novamente. Disse que seu nome era Haigani e não importasse o que nós tentássemos seria inútil pois nunca conseguiríamos derrota-los.
Agora foi minha vez te atacar. A espada deixada pelo dragão parecia estar respondendo a meus pensamentos. Cada movimento que eu fazia era como se fosse auxiliado por ela. Haigani parecia surpreso e conseguia apenas se mover para trás. Juntando toda a frustração que senti até aquele momento, golpeei com toda força fazendo com que a espada brilhasse em vermelho e ficasse em chamas. Quando as espadas se chocaram, a espada de Haigani se quebrou e eu ainda rasguei sua armadura abrindo um grande ferimento em meu nemesis.
Haigani cambaleou para trás enfurecido. Amaldiçoando a tudo que pudesse se lembrar e resmungando algo sobre não ser possível a espada ressoar comigo, disse que aquela não seria a última vez que nos veríamos e criando um bloco de gelo em torno de si e quebrando este aos pedaços, desapareceu.
Voltei até Hikaru para ver como ela estava. Ela sorria e disse estar feliz por eu ter me recuperado. Eu disse que isso só aconteceu por ela ter cuidado tão bem de mim, agradeci por isso e me desculpei por preocupa-la novamente. Depois descansamos um pouco e seguimos em frente com nossa amizade fortalecida.
--Continua--
Gaia (7)
Depois de contar a Hikaru sobre o que me foi “esclarecido” conversamos sobre o assunto e decidimos ir mesmo atrás desses selos. Terminamos de descansar e levantamos para seguir em frente. O resto do dia foi longo e cansativo. Mesmo não encontrando nem um simples cabeçudo, devemos ter andado pelo menos umas três vezes o comprimento da Terra Média. Fala sério, foi chão bagarai.
Mesmo após escurecer ainda andamos um pouco, até que finalmente decidimos parar e encerrar o longo e cansativo dia. Fizemos uma pequena fogueira para esquentar um pouco e discutimos mais um pouco sobre as coisas que aconteceram. Doía olhar para trás e lembrar de Dani, bem como fazia eu me sentir inútil por não ter conseguido ajudar Umi e Fuu.
Não passou muito tempo e percebi que Hikaru já havia dormido, era possível ver em seu rosto antes disso que ela estava exausta. Após um tempo eu peguei no sono e também dormi.
Mais uns dias se passaram em que apenas encontrávamos cabeçudos, trolls e os agora também constantes hunters, mas as lutas com Haigan e o dragão foram tão duras e complicadas que provavelmente ganhamos vários leveis por permanecer vivos ao final da batalha agora esses monstros já pareciam ser tão fáceis quanto tomar um copo com água, por isso passaram a ser apenas fonte fácil e rápida de Exp. Points atraso de vida pra gente.
Eu havia descoberto que poderia ver o mapa daquele mundo e a nossa localização a qualquer hora que quisesse usando a espada, mas estranhamente apenas eu podia ver as marcas indicando os selos, Hikaru dizia que não conseguia ver mais nada.
Nesse meio tempo, inclusive, também percebi que eu havia “aprendido” a usar magia. Aparentemente usar a espada em batalha não era o único benefício de se quebrar os selos, eles também me proporcionavam o conhecimento para esta nova habilidade e utilizando essa magia recém descoberta nos cabeçudos foi possível desenvolve-la a ponto de conseguir utiliza-la não apenas para ataque quando para defesa, idéia que tive lembrando da barreira de vento de Fuu. Nesse ponto eu tive a ajuda de Hikaru para usar sua magia em mim até aperfeiçoar o escudo de água, que se manifestava como uma forte corrente de água que impedia o movimente de qualquer coisa na direção do que fosse protegido (foda, pqp :D). As magias tanto de ataque quanto de defesa eram de água, o que me parecia lógico, já que o dragão que derrotamos era de água.
Acho que haviam se passado mais dois dias (sim, ACHO, como falei anteriormente não conseguia ter uma noção de tempo muito boa por lá) quando aconteceu de após Hikaru ter dormido eu ouvi um barulho atrás de um arbusto e levantei rapidamente para ver o que era. Já ia acordar Hikaru quando vi uma garota em meio às árvores. Tinha quase certeza que havia reconhecido alguém, mas devido à escuridão não dava pra ter certeza. Usei o escudo de água em Hikaru e fui atrás da garota, que correu até chegar num campo aberto, onde parou e virou-se na minha direção.
Ali, com o brilho forte das quatro luas daquele mundo, tive certeza que aquela era mesmo quem eu pensei ter visto, Jubilation Lee, aka Jubileu dos X-Men. Cara, encontrar aquela doida ali me deu uma alegria enorme.
Perguntei porque ela correu daquele jeito e ela riu. Logo em seguida fui atingido pelas costas (epa, lá ele ) por algo que só percebi o que era ao me virar com uma certa dificuldade e ver ao longe Ciclope, já se preparando para usar outra de suas rajadas ópticas, mas eu consegui sair voando de onde estava antes de ser atingido novamente (e sim, a ameba aqui mesmo saindo sozinho noite adentro atrás de alguém que ele não tinha certeza de quem era mesmo usando o escudo de água em Hikaru sequer pensou em usar a mesma magia em si próprio). Tentei racionalizar e entender o que estava acontecendo conversando com eles, mas a única resposta que eu tive foi Vampira descendo do nada e dando uma bela (bela só se for na pqp ’) pesada na cara deste infeliz branquelo (sim, Bah, você não é a única que tem esse título, HUAHAHAHAHAHA) que ainda tentou usar o campo telecinético, pero, tarde demais, o que resultou com minha cara na chon uma vez mais.
Dessa vez eu tomei vergonha na cara e usei o escudo de água em mim, já que a temporada de caça a minha pessoa tinha sido aberta sem que eu soubesse disso. Um a um os X-Men foram aparecendo, ou pelo menos os da equipe azul (Ciclope, Wolverine, Fera, Gambit, Vampira, Psylocke e Jubileu, sinceramente na tenho a mínima idéia da formação dos X-Men hoje em dia, a última vez que li ainda tava assim x.x ). O próximo a tentar me espancar foi Gambit, lançando uma pedra com energia suficiente para matar alguém, mas o escudo de água reduziu o dano e “apenas” me tacou longe e na chon DE NOVO. Eu já tava ficando maluco com aquilo, porque os meus amigos estava me atacando? O que diabos tinha acontecido? Wolverine caiu dentro e instintivamente eu coloquei a espada na frente. Também rapidamente, eu achei que aquilo não era uma boa idéia, já que o Adamantium de suas garras cortam basicamente TUDO que tenha a infelicidade de ficar em seu caminho, mas a espada agüentou perfeitamente, provavelmente por ter propriedades mágicas.
Enquanto segurava os ataques de Wolverine eu tentava falar com eles para que me dissessem o que estava acontecendo, mas ninguém dizia uma palavra e num rápido movimento pelas costas (DE NOVO?) Psylocke fez a única coisa que conseguia realmente me atingir ali, adaga psíquica na cabeça. Cara...minha felicidade é que eu tinha resistência psíquica e ainda conseguia agüentar um pouco, mas que aquilo doía bagarai doía.
Naquele meio tempo todo mundo tentava promover um massacre contra minha pessoa, mas felizmente o escudo de água estava conseguindo segurar o dano, mas o ataque de Betsy (para os íntimos, o que é encurtamento de Elisabeth, nome real de Psylocke, pra quem não conhece) estava fazendo um dano maledeto e quando percebi estava no plano astral (eu não tenho nenhum tipo de poder psíquico para ir pro plano astral, por isso, aquilo foi meio assustador o.O) onde vi Betsy presa por alguma coisa que se parecia uma esfera de luz. Aquilo era meio bizarro, Betsy tem poderes psíquicos bem fortes e para ser presa no plano astral daquele jeito tinha que ser por alguém muito mais forte que ela. Sendo o plano astral, nada de natureza física adiantaria, como bem diria o velho Professor Xavier, isso me deixou meio perdido inicialmente já que eu ainda não havia me acostumado a estar sempre usando magia, mas quando lembrei dessa minha nova habilidade usei-a imediatamente contra aquela coisa iluminada libertando Betsy. Apesar de no plano astral aquilo aparentar ter demorado alguns instantes, no plano físico foi quase instantâneo, e assim que Betsy foi libertada me soltou e usou sua adaga psíquica em quem estava mais próximo no momento, Wolverine, também libertando o cajun do controle mental que ele estava submetido. Percebendo isso, Ciclope e Gambit lançaram seus ataques contra meus agora livres amigos, mas eu os impedi usando o escudo de água para protege-los, arrancando um “whatahell!?” de Wolverine que não estava entendendo patavina do que estava acontecendo e querendo saber de onde eu tirei aquela habilidade. Claro que o momento não era o melhor para se tomar um chá e colocar os papo em dia, então deixamos a conversa de lado (até porque ia ser meio demorado explanar tudo).
Com a telepatia de Betsy era fácil de armamos um plano, então decidimos dar um jeito de conter nossos colegas para Betsy retirar o controle mental que os controlava. Mais fácil falar que fazer, principalmente com o Gambit e Fera que tem uma agilidade miserável para alguém querendo segura-los. Após algumas tentativas frustradas e tentar pegá-los na marra, tive uma resposta de minha magia, que parecia me informar que continuava evoluindo e “vendo” os ataques do dragão empurrando a mim e a Hikaru para longe mesmo usando meu campo telecinético para tentar resistir eu já sabia como agir.
Dando um passo a frente, conjurei a magia de água que o dragão demorou alguns instantes quase que instantaneamente e como toque pessoal utilizei um misto desse ataque com o escudo de água para prender meus amigos e conter qualquer tipo de movimento que eles pudessem tentar fazer (pensem num cidadão com a maior cara de besta vendo o que podia fazer =O).
Wolverine não se agüentou mais e quis saber como eu aprendi a fazer aquilo. Eu disse a Betsy que ela podia usar a adaga psíquica para libertar os outros sem se preocupar agora, então virei para o cajun e comecei a explicar as coisas que tinham acontecido, mas do nada, uma presença extremamente forte surgiu no céu sobre nós. Aquilo me deu calafrios. Aquela mesma “rede” na qual eu havia me chocado antes e me deu aquele puta de um choque estava brilhando e acumulando energia vinda de todas as direções bem acima de nós. Eu mal podia me mover de tão poderosa que era aquela sensação. Todos os X-Men ali começaram a se debater sentindo dor. Betsy mentalmente me disse para fugir dali. Eu comecei a argumentar, mas ela “gritando” disse que eu precisava sair dali rápido ou todos iam morrer e que aquela energia sobre nós estava ligada a alguma coisa que tinham colocado neles antes de serem enviados atrás de mim. Se eu tentasse levar qualquer um deles a energia se dividiria proporcionalmente por quantos dos X-Men eu levasse comigo.
Não importava o que ela me dissesse, eu não queria sair dali e abandonar meus amigos daquele jeito. Quase que instantaneamente a isso, Hikaru chegou onde estávamos e perguntou o que estava acontecendo. Betsy disse para ela me arrastar dali rápido, mas ainda assim eu não queria ir, mas numa jogada suja, Betsy me chantageou, dizendo que se eu não levasse Hikaru para bem longe dali o mais rápido possível ela ia morrer por minha culpa. Eu lembrei de Umi e Fuu por quem eu não pude fazer nada. Com raiva, carreguei Hikaru e saí voando dali por cima das árvores, e um pouco mais baixo que o nível da rede que brilhava cada vez mais, o mais rápido que conseguia voar. Instantes depois a energia acumulada caiu sobre o local em que estava a pouco com meus amigos gerando uma enorme explosão que ecoou pela floresta. Eu parei e olhei com pesar para trás.
Assim que a explosão se dissipou, eu voltei ao local e apenas para aumentar minha tristeza, ainda pude ver meus amigos desaparecendo exatamente igual a Dani.
Caindo de joelhos sem conseguir acreditar nos meus olhos, pude sentir o abraço de Hikaru.
--Continua--
Gaia (6)
Uma vez mais no escuro, eu sentia que precisava encontrar alguma coisa urgentemente. Olhava para os lados tentando encontrar, tentava correr, mas aquela sensação de estar pesado tão comum em sonhos, principalmente quando temos vontade de sair de onde estamos, não permitia que eu conseguisse.
Senti uma mão no meu ombro. Virei para olhar e vi o rosto de Dani em minha frente. Ela sorria enquanto olhava pra mim e eu tentava falar, mas não conseguia. Minha voz não saia e não conseguia ouvir o que ela pensava. Nem ao menos andar em sua direção era possível, era como se meus pés estivessem presos no chão.
Dani se aproximou e eu fiquei completamente imóvel. Aproximou-se, beijou meu rosto e me abraçou. Não disse uma palavra, mas assim que ficou tão próxima, as palavras "ele te espera atrás da nascente da vida" voltaram a minha mente, mas isso não importava agora. Dani estava na minha frente e por mais que eu quisesse abraça-la, eu não conseguia mover um músculo. O desespero tomou conta quando novamente vi a cena em que Haigan a acertava com o tridente enquanto eu não podia fazer nada. Ela tocou meu rosto trazendo minha atenção de volta para ela então falou "encontre-a, tudo depende de você agora."
Alguém batia no meu rosto, o que fez com que eu acordasse. Era Hikaru. Eu estava deitado em seu colo, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Tentei levantar, mas ela não permitiu, dizendo que eu precisava me acalmar. Tudo voltou a tona, o assassinato de Dani, o desaparecimento de Umi e Fuu, a queda d'água e o quase afogamento de Hikaru. A dor que eu senti era indescritível.
Com a voz trêmula, Hikaru perguntou sobre Umi e Fuu, e com pesar eu contei o que houve, pedindo desculpas por não conseguir ajuda-las. Hikaru virou o rosto, mas não escondeu as lágrimas. Sentei ao seu lado e nos abraçamos.
Ambos estávamos feridos pela batalha anterior e percebi que eu estava com fome. Com certeza Hikaru também deveria estar. Disse que ia procurar umas frutas e falei pra ela esperar descansando ali para se recuperar do choque.
Só após levantar prestei atenção onde nós estávamos. Era uma caverna atrás da queda d'água e mesmo ali dentro havia um pequeno filete de água. Fui em direção à queda d'água e vi que ela realmente escondia a caverna, não havia um caminho pelos cantos. De certa forma, tivemos sorte na hora de sair da água. Ainda mais com aquela infinidade de monstros atrás da gente, duas pessoas feridas com uma certa gravidade. A queda d'água era bem densa e eu preferi usar meu campo telecinético para passar por ela. Com cuidado, fui olhando de dentro dela para ver se não haviam monstros do lado de fora, mas o caminho estava livre. Saí e fui pegar algumas frutas.
Felizmente haviam "healing fruits" como nós havíamos decidido por chamá-las. Quando peguei uma quantidade que achei suficiente (vocês precisavam ver isso na prática para entender o que quero dizer, esse campo telecinético é útil de diversas maneiras ^^) voltei para a caverna onde comemos e descansamos um pouco enquanto os efeitos curativos das frutas faziam efeito.
Eu comecei a lembrar do sonho e lembrei do que Dani disse "ele te espera atrás da nascente da vida" e fiquei imaginando o que aquilo poderia significar. "Nascente da vida"...as palavras vagaram na minha mente e antes que percebesse, eu estava repetindo isso em voz alta. Hikaru percebeu e perguntou o que eu quis dizer. Expliquei a ela deixando-a pensativa como eu.
Novamente, reparei no filete de água corrente. Uma ideia me veio a mente. "Água, origem e fonte da vida" é o que dizem. Curioso, levantei novamente e segui aquele filete de água. Não havia prestado atenção antes, mas ele corria do fundo da caverna para fora. A caverna era um pouco funda e quanto mais para dentro íamos, mais escuro ficava, obviamente, mas nada que uma mão flamejante não pudesse resolver. :D
Após um breve momento, chegamos no fundo da caverna e ficamos surpresos ao encontrar um tipo de altar ali. Em cima do altar haviam algumas inscrições, mas nós não conseguíamos lê-las, já que não eram de nenhum idioma que conhecíamos (mesmo eu conhecendo alguns idiomas alienígenas o.O) e olhando ao redor encontramos desenhos nas paredes da caverna (que eu não consigo lembrar do maldito nome certo deles >:( ). Um aparentava ser um mapa, outro tinha o desenho de uma espada junto de algo que não era possível identificar devido ao desgaste do tempo.
Olhei novamente para o filete de água. Ele vinha diretamente da base do altar, onde reparando agora, havia uma abertura. Quando me abaixei e iluminei o lugar, vi que havia algum tipo de esfera ali embaixo e a água parecia sair diretamente dela.
"Ele te espera atrás da nascente da vida." Lembrei da voz que vinha ouvindo constantemente nos sonhos. Decidido, estiquei o braço para pegar a esfera e assim que a toquei ouvi novamente aquela voz de antes em minha mente.
"Os guardiões protegem os selos e representam cada qual um poder diferente."
"Acordei" do devaneio com Hikaru me puxando pelo ombro, mas como estava distraído deixei a esfera cair. Ela caiu em cima do filete de água, e ao toca-lo foi tomado por um brilho azul, juntamente com as escrituras e os desenhos das paredes, mesmo os que estavam desgastados.
O lugar foi tomado por uma presença sufocante. "Ele está vindo!" disse novamente a voz. Eu peguei Hikaru pela mão e voei o mais rápido possível para fora. Imediatamente toda a caverna começou a tremer e o filete de água explodiu lançando o que parecia ser toda a água da queda d'água atrás da gente e mesmo voando o mais rápido possível, a água nos alcançou e nos jogou para fora da caverna. Saímos do rio o mais rápido possível e eu perguntei se estava tudo bem com Hikaru, o que ela confirmou. Meu coração, não sei por qual motivo, batia mais rápido que o normal e a presença de dentro da caverna se aproximava cada vez mais. Hikaru puxou sua espada, sendo que assim que o fez algo saiu da queda d'água com uma força tão grande que parecia uma explosão. Da queda d'água, um enorme dragão azul nos observava. "O guardião", falei meio que em transe e, como se houvesse sido invocado, o dragão atacou.
<now playing: PhantasyStarOnline-CaveBoss.mp3> Batendo sua cauda no rio, uma onda gigante se formou e veio em nossa direção. Segurei Hikaru pela mão novamente para nos proteger com o campo telecinético e ainda assim a força da água nos arrastou um pouco para trás.
Aquilo era um absurdo, o dragão, que se parecia com uma grande serpente azul e alada, demonstrou ser incrivelmente forte. Novamente bateu a cauda no rio lançando outra onda sobre nós, mas desta vez eu voei por cima dela e lancei uma rajada de fogo, seguida por uma magia de Hikaru.
Aparentemente aquilo fez um bom estrago, já que o azulão cambaleou para trás. Logo após, cuspiu um jato d'água derrubando a mim e a Hikaru, mas rapidamente fui pra cima atacando pelos lados e Hikaru usava seus ataques mágicos de uma distancia mais segura.
Após acerta-lo com alguns ataques de fogo, um tipo de cristal azul apareceu em seu pescoço e com isso uma grande onda se espalhou para todos lados arrastando a mim e a Hikaru que ainda tentou ficar atrás de uma árvore, mas a correnteza foi ainda mais forte que antes. Meu palpite foi que o cristal fortaleceu seus ataques (Trance mode o.O).
Voltei para perto dele para continuar atacando e ele cuspiu outro jato d'água em mim. Tentei resistir, mas a força da água era forte demais e perdi o equilíbrio. Com isso, a rajada de fogo mudou de direção e o acertou no cristal em seu pescoço. O jato d'água parou com um urro do dragão fazendo com que eu e Hikaru percebêssemos o que tinha acontecido (ponto fraco, faix favor :D). Explorando esse detalhe recém descoberto, começamos a atacar diretamente o cristal, causando um bom estrago na lagartixa anabolizada.
Sendo descuidado, tentei me aproximar demais e acabei sendo acertado pela cauda do dragão voando longe e batendo de costas contra uma árvore.
O dragão se enrolou e abaixou a cabeça escondendo o cristal. Em seguida, seus olhos começaram a brilhar. Aí tinha coisa. Voei para junto de Hikaru novamente e ficamos aguardando, tinha certeza que alguma coisa vinha daí.
Como previa, o dragão levantou a cabeça e o que parecia ser toda a água do rio e da queda d'água veio pra cima da gente. Peguei Hikaru pelo braço (de novo) e tentei subir o mais rápido possível. Oh ilusão, a água mudou de curso, passou pelo lado subindo incrivelmente rápido e desceu em cima da gente nos jogando no chão com ainda mais força que nas vezes anteriores. Por mais que tentasse eu não conseguia resistir a força da água nos empurrando pro chão, então tentei ao máximo evitar o contato direto com ela. Oh ilusão [2]. A força da água estava tão grande que me lançou para um lado e Hikaru para o outro.
Quase afogados, levantamos mais "arrastadamente" que uma lesma e para não perder o costume da escola Sentai, em que os mocinhos apanham até o limite para no final enfiar um instant kill, nosso querido amigo azulão novamente entrou em modo compacto abaixando sua cabeça. Tentamos usar nossos respectivos ataques de fogo, mas não parecia surtir efeito algum.
Pensei no que podia fazer naquela situação. Se tentássemos fugir o escamoso viria atrás (epa!) da gente, o que não adiantaria nada. Atacar diretamente não estava surtindo efeito, pelo menos enquanto ele estivesse "compacto". Pensei que se acertasse-o enquanto estivesse com o pescoço levantado teria um alvo claro no cristal, mas quando eu me aproximei demais anteriormente ele me viu e atacou com a cauda. Mas espere, era isso. Visão. Por isso havia sido acertado antes. Chamei a atenção de Hikaru dizendo para ela usar sua magia de fogo sem parar em direção aos olhos do azulão assim que ele levantasse o pescoço e assim ela o fez.
Enquanto a magia de Hikaru estava encobrindo os olhos de nosso mais novo "amigo", eu voei em direção ao cristal em seu pescoço atravessando a magia de Hikaru e usando um combo do campo telecinético e do fogo para um dano dobrado. Assim que acertei o cristal, este brilhou forte e rachou. O dragão urrou por um momento e então calou-se. O cristal foi se rachando ainda mais até se partir em vários pedaços e desaparecer. O azulão começou a brilhar e mudar de cor, num azul mais parecido com água e diminuir de tamanho. Ao diminuir de tamanho foi mudando de forma, fazendo com que me afastasse desconfiado. Quanto mais diminuía mais brilhava até que "explodiu" num brilho branco deixando uma longa e bela espada flutuando no ar por uns momentos, até que caiu enfiada (epa!) na chon.
Quando isso aconteceu, novamente à voz voltou à minha mente "com os selos quebrados, o caminho para a esperança estará aberto. Encontre os selos e derrote os guardiões, os poderes necessitam de um novo mestre."
Tendo a voz desaparecido, fui até a espada e mesmo com os protestos de Hikaru, principalmente por ter atravessado sua magia (eu havia esquecido de comentar que tenho imunidade ao fogo x.x) para que eu tomasse cuidado retirei-a do chão. De relance em minha mente pude ver os outros guardiões, cada um defendendo um selo, tomado pela forma de um cristal, exatamente como o que havia no pescoço deste recém derrotado dragão de água. Em seguida, da pedra que havia na espada, uma projeção de um mapa exatamente igual ao que havia na caverna apareceu no ar, diferindo do anterior apenas por algumas marcas que eu conseguia identificar como os selos restantes. Haviam ainda mais sete e cada um estava bem distante um do outro (também, se tivessem perto um do outro nem teria graça, fala sério :D).
De qualquer jeito, após essa pequena e quase refrescante batalha, precisávamos descansar antes de partir para o próximo selo. Além do mais, eu precisava contar as "novidades" para Hikaru. Agora nós tinhamos um objetivo, mesmo ainda não sabendo o que aquilo significava.
--Continua--